Domingo de Ramos – Ano C
Seguindo os passos de Jesus no caminho da cruz, fazemos memória de sua entrada em Jerusalém. Esta solene liturgia marca o início da Semana Santa, centro do grande acontecimento da nossa fé: o mistério da paixão, morte e ressurreição do Senhor. Com os ramos nas mãos, acolhamos aquele que vem como humilde servidor, aclamando: “Hosana ao Filho de Davi. Bendito o que vem em nome do Senhor”.
Evangelho (Lucas 19, 28-40)
— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Lucas.
— Glória a vós, Senhor!
Naquele tempo:
28. Jesus caminhava à frente dos discípulos,
subindo para Jerusalém.
29. Quando se aproximou de Betfagé e Betânia,
perto do monte chamado das Oliveiras,
enviou dois de seus discípulos, dizendo:
30. “Ide ao povoado ali na frente.
Logo na entrada encontrareis um jumentinho amarrado,
que nunca foi montado.
Desamarrai-o e trazei-o aqui.
31. Se alguém, por acaso, vos perguntar:
“Por que desamarrais o jumentinho?”,
respondereis assim: “O Senhor precisa dele”.”
32. Os enviados partiram e encontraram tudo
exatamente como Jesus lhes havia dito.
33. Quando desamarravam o jumentinho,
os donos perguntaram:
“Por que estais desamarrando o jumentinho?”
34. Eles responderam: “O Senhor precisa dele.”
35. E levaram o jumentinho a Jesus.
Então puseram seus mantos sobre o animal
e ajudaram Jesus a montar.
36. E enquanto Jesus passava,
o povo ia estendendo suas roupas no caminho.
37. Quando chegou perto da descida do monte das Oliveiras,
a multidão dos discípulos,
aos gritos e cheia de alegria,
começou a louvar a Deus
por todos os milagres que tinha visto.
38. Todos gritavam:
“Bendito o Rei, que vem em nome do Senhor!
Paz no céu e glória nas alturas!”
39. Do meio da multidão, alguns dos fariseus
disseram a Jesus:
“Mestre, repreende teus discípulos!”
40. Jesus, porém, respondeu: “Eu vos declaro:
se eles se calarem, as pedras gritarão.”
— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.
I Leitura (Is 50, 4-7)
Leitura do Livro do Profeta Isaías:
4. O Senhor Deus deu-me língua adestrada,
para que eu saiba dizer
palavras de conforto à pessoa abatida;
ele me desperta cada manhã e me excita o ouvido,
para prestar atenção como um discípulo.
5. O Senhor abriu-me os ouvidos;
não lhe resisti nem voltei atrás.
6. Ofereci as costas para me baterem e
as faces para me arrancarem a barba;
não desviei o rosto de bofetões e cusparadas.
7. Mas o Senhor Deus é meu Auxiliador,
por isso não me deixei abater o ânimo,
conservei o rosto impassível como pedra,
porque sei que não sairei humilhado.
– Palavra do Senhor.
– Graças a Deus.
SALMO RESPONSORIAL 21 (22)
Meu Deus, meu Deus, por que me abandonastes?
1. Riem de mim todos aqueles que me veem, / torcem os lábios e sacodem cabeça: / “Ao Senhor se confiou, ele o liberte / e agora o salve se é verdade que ele o ama!”.
2. Cães numerosos me rodeiam furiosos, / e por um bando de malvados fui cercado. / Transpassaram minhas mãos e os meus pés, / e eu posso contar todos os meus ossos.
3. Eles repartem entre si as minhas vestes / e sorteiam entre si a minha túnica. / Vós, porém, ó meu Senhor, não fiqueis longe, / ó minha força, vinde logo em meu socorro!
4. Anunciarei o vosso nome a meus irmãos / e no meio da assembleia hei de louvar-vos! / Vós que temeis ao Senhor Deus, dai-lhe louvores,
† glorificai-o, toda a raça de Israel!
II Leitura (Fl 2, 6-11
Leitura da Carta de São Paulo aos Filipenses:
6. Jesus Cristo, existindo em condição divina,
não fez do ser igual a Deus uma usurpação,
7. mas ele esvaziou-se a si mesmo,
assumindo a condição de escravo
e tornando-se igual aos homens.
Encontrado com aspecto humano,
8. humilhou-se a si mesmo,
fazendo-se obediente até a morte, e morte de cruz.
9. Por isso, Deus o exaltou acima de tudo
e lhe deu o Nome que está acima de todo nome.
10. Assim, ao nome de Jesus,
todo joelho se dobre no céu,
na terra e abaixo da terra,
11. e toda língua proclame: “Jesus Cristo é o Senhor”,
para a glória de Deus Pai.
– Palavra do Senhor.
– Graças a Deus.
Evangelho (Lucas 23, 1-49)
— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Lucas.
— Glória a vós, Senhor!
N (Narrador): – Naquele tempo,
1. toda a multidão se levantou
e levou Jesus a Pilatos.
2. Começaram então a acusá-lo, dizendo: G (Grupo ou assembleia):
“Achamos este homem
fazendo subversão entre o nosso povo,
proibindo pagar impostos a César
e afirmando ser ele mesmo Cristo, o Rei.”
N: 3. Pilatos o interrogou: L (Leitor): “Tu és o rei dos judeus?”
N: Jesus respondeu, declarando: P (Presidente): “Tu o dizes!”
N: 4. Então Pilatos disse aos sumos sacerdotes e à multidão:
L: “Não encontro neste homem nenhum crime.”
N: 5. Eles, porém, insistiam: G: “Ele agita o povo,
ensinando por toda a Judéia,
desde a Galiléia, onde começou, até aqui.”
N: 6. Quando ouviu isto, Pilatos perguntou:
L: “Este homem é galileu?”
N: 7. Ao saber que Jesus estava sob a autoridade de Herodes,
Pilatos enviou-o a este,
pois também Herodes estava em Jerusalém naqueles dias.
Herodes, com seus soldados, tratou Jesus com desprezo.
8. Herodes ficou muito contente ao ver Jesus,
pois havia muito tempo desejava vê-lo.
Já ouvira falar a seu respeito
e esperava vê-lo fazer algum milagre.
9. Ele interrogou-o com muitas perguntas.
Jesus, porém, nada lhe respondeu.
10. Os sumos sacerdotes e os mestres da Lei
estavam presentes e o acusavam com insistência.
11. Herodes, com seus soldados, tratou Jesus com desprezo,
zombou dele, vestiu-o com uma roupa vistosa
e mandou-o de volta a Pilatos.
12. Naquele dia Herodes e Pilatos
ficaram amigos um do outro, pois antes eram inimigos.
Pilatos entregou Jesus à vontade deles.
13. Então Pilatos convocou os sumos sacerdotes,
os chefes e o povo, e lhes disse:
L: 14. “Vós me trouxestes este homem
como se fosse um agitador do povo.
Pois bem! Já o interroguei diante de vós
e não encontrei nele
nenhum dos crimes de que o acusais;
15. nem Herodes, pois o mandou de volta para nós.
Como podeis ver, ele nada fez para merecer a morte.
16. Portanto, vou castigá-lo e o soltarei.
N: 18. Toda a multidão começou a gritar:
G: “Fora com ele! Solta-nos Barrabás!”
N: 19. Barrabás tinha sido preso
por causa de uma revolta na cidade e por homicídio.
20. Pilatos falou outra vez à multidão,
pois queria libertar Jesus.
21. Mas eles gritavam: G: “Crucifica-o! Crucifica-o!”
N: 22. E Pilatos falou pela terceira vez:
L: “Que mal fez este homem?
Não encontrei nele nenhum crime que mereça a morte.
Portanto, vou castigá-lo e o soltarei.”
N: 23. Eles, porém, continuaram a gritar com toda a força,
pedindo que fosse crucificado.
E a gritaria deles aumentava sempre mais.
24. Então Pilatos decidiu
que fosse feito o que eles pediam.
25. Soltou o homem que eles queriam
– aquele que fora preso por revolta e homicídio –
e entregou Jesus à vontade deles.
Filhas de Jerusalém, não choreis por mim!
26. Enquanto levavam Jesus,
pegaram um certo Simão, de Cirene,
que voltava do campo,
e impuseram-lhe a cruz para carregá-la atrás de Jesus.
27. Seguia-o uma grande multidão do povo
e de mulheres que batiam no peito e choravam por ele.
28. Jesus, porém, voltou-se e disse:
P: “Filhas de Jerusalém, não choreis por mim!
Chorai por vós mesmas e por vossos filhos!
29. Porque dias virão em que se dirá:
“Felizes as mulheres que nunca tiveram filhos,
os ventres que nunca deram à luz
e os seios que nunca amamentaram”.
30. Então começarão a pedir às montanhas:
“Caí sobre nós! e às colinas: “Escondei-nos!”
31. Porque, se fazem assim com a árvore verde,
o que não farão com a árvore seca?”
N: 32. Levavam também outros dois malfeitores
para serem mortos junto com Jesus.
Pai, perdoa-lhes! Eles não sabem o que fazem!
33. Quando chegaram ao lugar chamado “Calvário”,
ali crucificaram Jesus e os malfeitores:
um à sua direita e outro à sua esquerda.
34. Jesus dizia: P: “Pai, perdoa-lhes!
Eles não sabem o que fazem!”
N: Depois fizeram um sorteio,
repartindo entre si as roupas de Jesus.
Este é o Rei dos Judeus.
35. O povo permanecia lá, olhando.
E até os chefes zombavam, dizendo:
G: “A outros ele salvou. Salve-se a si mesmo,
se, de fato, é o Cristo de Deus, o Escolhido!”
N: 36. Os soldados também caçoavam dele;
aproximavam-se, ofereciam-lhe vinagre,
37. e diziam: G: “Se és o rei dos judeus,
salva-te a ti mesmo!”
N: 38. Acima dele havia um letreiro:
“Este é o Rei dos Judeus.”
Hoje estarás comigo no Paraíso.
39. Um dos malfeitores crucificados o insultava, dizendo:
L: “Tu não és o Cristo? Salva-te a ti mesmo e a nós!”
N: 40. Mas o outro o repreendeu, dizendo:
L: “Nem sequer temes a Deus,
tu que sofres a mesma condenação?
41. Para nós, é justo,
porque estamos recebendo o que merecemos;
mas ele não fez nada de mal.”
N: 42. E acrescentou: L: “Jesus, lembra-te de mim,
quando entrares no teu reinado.”
N: 43. Jesus lhe respondeu: P: “Em verdade eu te digo:
ainda hoje estarás comigo no Paraíso.”
Pai, em tuas mãos entrego o meu espírito.
N: 44. Já era mais ou menos meio-dia
e uma escuridão cobriu toda a terra
até às três horas da tarde,
45. pois o sol parou de brilhar.
A cortina do santuário rasgou-se pelo meio,
46. e Jesus deu um forte grito:
P: “Pai, em tuas mãos entrego o meu espírito.”
N: Dizendo isso, expirou.
Aqui todos se ajoelham e faz-se uma pausa.
N: 47. O oficial do exército romano viu o que acontecera
e glorificou a Deus dizendo:
L: “De fato! Este homem era justo!”
N: 48. E as multidões, que tinham acorrido para assistir,
viram o que havia acontecido,
e voltaram para casa, batendo no peito.
49. Todos os conhecidos de Jesus, bem como as mulheres
que o acompanhavam desde a Galiléia,
ficaram à distância, olhando essas coisas.
— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.